quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Calmaria

Isabelle.
Ontem eu fui te ver.
Feliz e ansiosa pq ia ver vc de novo.
E então um milhão de pequenas coisas aconteceram e me fizeram entrar em um estado de reflexão como a muito eu não fazia, por medo de , como diz Vanessa, entrar em contato comigo mesma.
Me vi segura e calma.Contente mesmo.
Sei que estou em outra fase.
Sei que serei uma boa amiga.
Tenho medo (as vezes beira a certeza) de que serei uma doce lembrança de algo bom que aconteceu.
Talvez isso seja inconscientemente uma defesa.
Ou não.  =D
Gosto de vc ainda.
Sei da sua condição,sei que é complicado e sei que vc só faz o que vc quer.rsrsrsrsrs
Eu nunca mais vou cometer erros (assim espero) como os ultimos.
Vc sempre será Sunshine pra mim .
E um raio de sol não se pode aprisionar.
E o encanto mora exatamente em ver vc quase livre.
Te adoro muito e sei que vou acabar te amando. (Depende apenas de vc)
Por todas as suas qualidades e pelos seus defeitos tb.
Sei que tenho um milhão de issues.
Sei que tenho que lutar ainda contra as forças maléficas e principalmente contra minha mania de auto-destruição.
Enfim um post feliz só pra vc.
Um post pra vc lembrar que foi parte integrante da minha história, que graças a vc tem um capitulo memorável.
Um post pra vc ter certeza de que é pra vc.


"Ao coração que sofre, separado
Do teu, no exílio em que a chorar me vejo,
Não basta o afeto simples e sagrado
Com que das desventuras me protejo.

Não me basta saber que sou amado,
Nem só desejo o teu amor: desejo
Ter nos braços teu corpo delicado,
Ter na boca a doçura de teu beijo.
Ao coração que sofre

E as justas ambições que me consomem
Não me envergonham: pois maior baixeza
Não há que a terra pelo céu trocar;

E mais eleva o coração de um homem
Ser de homem sempre e, na maior pureza,
Ficar na terra e humanamente amar."

                      O. B.


Bjs. 
P.S. S. 
      Theo.

=}

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Again.

Porque assim que li isso pensei em vc e em cada uma das suas singularidades.
De suas antíteses.



Eu que sou feio, sólido, leal,
A ti, que és bela, frágil, assustada,
Quero estimar-te, sempre, recatada
Numa existência honesta, de cristal.

Sentado à mesa de um café devasso,
Ao avistar-te, há pouco fraca e loura,
Nesta babel tão velha e corruptora,
Tive tenções de oferecer-te o braço.

E, quando socorrestes um miserável,
Eu, que bebia cálices de absinto,
Mandei ir a garrafa, porque sinto
Que me tornas prestante, bom, sudável.

«Ela aí vem!» disse eu para os demais;
E pus me a olhar, vexado e suspirando,
O teu corpo que pulsa, alegre e brando,
Na frescura dos linhos matinais.

Via-te pela porta envidraçada;
E invejava, - talvez que não o suspeites! -
Esse vestido simples, sem enfeites,
Nessa cintura tenra, imaculada.
...
Soberbo dia! Impunha-me respeito
A limpidez do teu semblante grego;
E uma família, um ninho de sossego,
Desejava beijar o teu peito.

Com elegância e sem ostentação,
Atravessavas branca, esbelta e fina,
Uma chusma de padres de batina,
E de altos funcionários da nação.

«Mas se a atropela o povo turbulento!
Se fosse, por acaso, ali pisada!»
De repente, parastes embaraçada
Ao pé de um numeroso ajuntamento,

E eu, que urdia estes frágeis esbocetos,
Julguei ver, com a vista de poeta,
Um pombinha tímida e quieta
Num bando ameaçador de corvos pretos.

E foi, então que eu, homem varonil,
Quis dedicar-te a minha pobre vida,
A ti, que és ténue, dócil, recolhida,
Eu, que sou hábil, prático, viril.

Ser Poeta...

E é assim que eu me sinto.


Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!

E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Poesia, poesia, poesia.

Eu preciso parar de ler essas coisas.
Por isso que acabo vendo poesia em cada gesto, em cada olhar, em cada bj trocado ou em cada bj não dado.
Eu sinto poesia em cada coisa que se move.
É como viver em outra dimensão.
É saber-se louco dentro de um mundo extremamente enfadonho.

Poesia é vida!
Poesia sou eu e vc.



Foste o beijo melhor da minha vida,
ou talvez o pior...Glória e tormento,
contigo à luz subi do firmamento,
contigo fui pela infernal descida!

Morreste, e o meu desejo não te olvida:
queimas-me o sangue, enches-me o pensamento,
e do teu gosto amargo me alimento,
e rolo-te na boca malferida.

Beijo extremo, meu prêmio e meu castigo,
batismo e extrema-unção, naquele instante
por que, feliz, eu não morri contigo?

Sinto-me o ardor, e o crepitar te escuto,
beijo divino! e anseio delirante,
na perpétua saudade de um minuto....

Eu sei, mas não devia

Impressionada por que é tudo exatamente assim.
Não só a minha vida mas tb a vida dos que me cercam...

Triste....



Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos
e a não ter outra vista que não seja as janelas ao redor.

E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora.
E porque não olha para fora logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas.
E porque não abre as cortinas logo se acostuma acender mais cedo a luz.
E a medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora.
A tomar café correndo porque está atrasado.
A ler jornal no ônibus porque não pode perder tempo da viagem.
A comer sanduíche porque não dá pra almoçar.
A sair do trabalho porque já é noite.
A cochilar no ônibus porque está cansado.
A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra.
E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja número para os mortos.
E aceitando os números aceita não acreditar nas negociações de paz,
aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir.
A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta.
A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita.
A lutar para ganhar o dinheiro com que pagar.

E a ganhar menos do que precisa.
E a fazer filas para pagar.
E a pagar mais do que as coisas valem.
E a saber que cada vez pagará mais.
E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e a ver cartazes.
A abrir as revistas e a ver anúncios.
A ligar a televisão e a ver comerciais.
A ir ao cinema e engolir publicidade.
A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição.

As salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro.
A luz artificial de ligeiro tremor.
Ao choque que os olhos levam na luz natural.
Às bactérias da água potável.
A contaminação da água do mar.
A lenta morte dos rios.

Se acostuma a não ouvir o passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães,
a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer.

Em doses pequenas, tentando não perceber, vai se afastando uma dor aqui,
um ressentimento ali, uma revolta acolá.
Se o cinema está cheio a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço.
Se a praia está contaminada a gente só molha os pés e sua no resto do corpo.

Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana.
E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo
e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele.
Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se
da faca e da baioneta, para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida que aos poucos se gasta e, que gasta,
de tanto acostumar, se perde de si mesma

So true


Que pode uma criatura senão,
entre outras criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?

Eu sou assim.
E e vc somos assim.
e sou feliz sendo assim.

Poeminha


Viver é ir morrendo a beijar a luz.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010


Levai-me por piedade onde a vertigem
com a razão me arranque a memória.
Por piedade! Tenho medo de ficar
com a minha dor a sós!


Adorei!

Pra vc!

SIM!
SENHORAS E SENHORES:
SOU UMA MULHER FELIZ NESTE EXATO MOMENTO!
PQ?
PQ A VIDA TEM MAIS A ME OFERECER DO QUE EU ENXERGO!
COMO SEI DISSO?
PQ GANHEI UM ABRAÇO QUE ME AQUECEU O CORAÇÃO.
UMA LIGAÇÃO TRISTE QUE TEVE UM SORRISO SÓ PRA MIM.
UMA MSG DE ALGUEM QUE AMO DIZENDO QUE ME ADORA.
PQ VI UM AMIGO FICAR MUITO FELIZ POR EU TER APARECIDO.
PQ POSSO ESTAR APAIXONADA (OU NÃO...RSRSRSRSR)
PQ EU AMO OUVIR SEUS TELEFONEMAS E PQ O QUE ACONTECEU ONTEM ME ABRIU OS OLHOS:EU NÃO POSSO MAIS DESPERDIÇAR MINHA VIDA SENDO UMA PESSOA TRISTE,TENTANDO VIVER O INVIVIVEL.
PENSANDO NO QUE PODERIA TER ACONTECIDO.
EU QUERO VOLTAR A SER UMA PESSOA DIVERTIDA.
ALEGRE.
AGRADÁVEL!
SEI QUE VOU CONSEGUIR.
APROVEITANDO MEUS MOMENTOS DE HAPPINESS PRA PODER ME LEMBRAR DE DISSO.
EU AMO ESTAR VIVA!
(E AMO VC!)

Me desfaço, renasço, me mudo o tempo todo.
E assim sou eu mesma.


=D

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Infelizmente algo dentro de mim está muito fora do lugar.
Eu procuro paz e não consigo encontrar.
Meus sonhos estão melhores que minha realidade.
Acho que por isso durante tanto tempo eu não consegui me livrar do fantasma do meu relacionamento.
Apesar de todos os problemas e de ter que ficar alerta o tempo todo esperando ela fazer algo que me machucasse, eu era feliz.
Feliz por ter quem eu queria.
Por ter sido correspondida.
Por ser a preocupação e a diversão.
Por ser prioridade.
Conhecimento.
Música.
Livros, livros e livros....
E bebedeiras felizes.
Eu me sentia entendida e podiamos conversar sem issues.
E é isso que eu sinto mais falta.

Queria poder amar quem me ama.
Poder ama-lo como ele merece.
Poder gostar na mesma proporção.
E eu amo, mas meu amor não é suficiente.

E gostar de quem gosto vai me levar a nada.
Nem quis começar isso...
Me sinto a mesma idiota de 4 anos atras correndo atras de uma ilusão , que eu sei, criei sabendo que não era pra criar.
E agora sinto um ciume que não era pra sentir.
E uma não confiança que tb não era pra sentir.
Acho que mais uma vez teno que me mudar.
(I don´t do relationships)
Talvez eu tenha que mudar minha filosofia de vida....
Don´t care.
Don´t trust.
Don´t love.

Infelizmente se eu adotar isso me torno oficialmente um monstro.
Acho que não conseguiria sobreviver assim....

Vou achar um meio termo.
Talvez ja até tenha...