terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Eu, por vc.

Verônika se olha no espelho.
Mas o que ela vê não lhe agrada mais.

Um reflexo distorcido do ser
Tornado irreconhecível, indescritível,
Quase absurdo.

A carência por elogios, exclamações, interjeições,
fazem do ego um balão murcho, uma fruta seca.

Ali estava ela, esvaziando, desidratada, louca.
E olhando para aquela que esperava ser qualquer uma, menos ela mesma.

O grito contido gostaria de quebrar o intruso, partir o indesejado.
Mas até o grito era mudo.

E aqueles segundos diante de si se esticavam preguiçosamente
como horas, dias, talvez anos.
Numa sucessão de pensamentos angustiantes e quase irracionais.

Poderia continuar ali pela eternidade, pois se encontrava paralisada como alguém em estado de choque diante de algo incrívelmente pavoroso.
Poderia ficar. Parada. Olhando pra si.

Mas Verônika preferiu desviar o olhar.
Abaixar a cabeça.
enxugar o único fio de lágrima que derramou.
Tomar os remédios - Talvez uns comprimidos a mais que necessário essa noite. -
E dormir - Talvez para sempre.

Nuit.

2 comentários:

Vanessa Martins disse...

é...vc é a minha "dupla personalidade" meu eu interior, que quase ninguém conhece, manifestado na realidade...ahhahahahahaha :P

Gosto desse poema mas acho Deprê demais, às vezes me da nervoso reler, pq eu me lembro como estava me sentindo qd escrevi...

E enquanto eu estiver por perto vc pode ter certeza que não vou deixar vc se sentir nem perto disso aí. ;)

Te adoro!
=***

Vanessa Martins disse...

é...vc é a minha "dupla personalidade" meu eu interior, que quase ninguém conhece, manifestado na realidade...ahhahahahahaha :P

Gosto desse poema mas acho Deprê demais, às vezes me da nervoso reler, pq eu me lembro como estava me sentindo qd escrevi...

E enquanto eu estiver por perto vc pode ter certeza que não vou deixar vc se sentir nem perto disso aí. ;)

Te adoro!
=***